Saturday, February 05, 2005

Aniversários

“Olá, bom dia meu Amor, gostei muito quando te vi na piscina”. “Olá, Pai”. “Hoje vais fazer alguma coisa?“, “... não sei ...”, disse com voz de incomodada. “A C... hoje faz a festa dos 11 anos e eu, vou até lá. Queres vir comigo à praceta?”. “Pai, não sei ...!”, que é como quem diz, não insistas. Quis sossegá-la, percebendo um conflicto na sua cabecinha. “Olha, Amor, o pai só está a dizer, para saberes e, só se quiseres, também ires.”. “Pai, não ... vou fazer os trabalhos, mas olha, diz à C que mando um beijinho e parabéns”. “Serão entregues. Um beijinho, amo-te muito”. “Eu também, Pai”. Agora, a sua voz estava mais natural. Quando cheguei a casa da C, ela interrogou-me, “A ... (tua Filha)?”, “Olha, não pôde vir, mas pediu-me para te enviar esta lembrançazinha, um grande beijinho e te desejar muitos parabéns”. “... que pena, muito obrigado ...!”. A C é muito maria rapaz. Lá a vi, mais aos colegas, em brincadeiras atléticas e audazes, por vezes brutas e perigosas. O pai, já sabendo do que a casa gasta, lá andava em cima deles, tentando abrandar aquele ritmo. Se a Filhota cá estivesse, iria sentir-se marginalizada, ficaria na sala a ver televisão. Até porque estava um frio de rachar. Hoje falei com a minha filha.

Sábado, 5 de Fevereiro de 2005