Wednesday, February 09, 2005

Sítio

6 da manhã. 1º e 3º domingo. Em cada mês. Os martelinhos relembram os incautos e os adormecidos, que hoje é dia de cuidados. Chamamento de feira. Lembro-a, de então, espalhada pelas ruas de Rana, de onde veio escorraçada, para a mata, ali, mesmo ao meu lado. Não vai haver lugar, nem para um carro estacionado. Garagens fechadas, tudo trancado. Usam-se cadeados. Com a feira vêm outros que não vendem por atacado. Rondam, rondam, de olho no alheio, à procura de um descuido, dum tesouro escondido, nada está a salvo neste dia de pregões, também de trinados, onde tudo se vende, desde pássaros a melões. Da Mãe, uma bicicleta fugiu, num dia de feira, já se vê. Foi grande a raiva. A impotência. Agora, querem mudá-la, para longe. No lugar da feira, fica um jardim. Pois sim. Prefiro a feira, ao jardim. Enquanto houver feira, sobra a mata, mesmo aqui, ao pé de mim. Porque hoje, é muito fácil vender um jardim.

Hoje escolhi. Domingo, 6 de Fevereiro de 2005.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

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12:43 AM  
Anonymous Anonymous said...

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