Friday, March 11, 2005

Revoltas

Dezembro, falhei com a pensão. Dívidas até ao pescoço, que tiveram de ser parcialmente amortizadas. Janeiro, o filho disse-me, "Ó Pai, vê lá se podes ajudar com qualquer coisinha". Mais dívidas, lá foi mais qualquer coisa. Fevereiro, pus-me, ainda, mais de tanga, e paguei o atrasado. Dezembro, Janeiro e Fevereiro, até à "regularização" dos atrasados, os filhos procuraram-me, apaparicaram-se, ligaram-me, estiveram comigo. Esta semana, papinho cheio, nada. Foram ao almoço do aniversários do avô, mas não a casa dele para apagar as velas com o resto da minha família, por causa de "compromissos". O que me magoou. Tinham que "estudar". Mas foram (foi ele), nesse dia, à discoteca, e ela, a casa de colegas de escola, para um "trabalho", quando sabia de antemão com a antecedência necessária do compromisso já assumido comigo. E por aí adiante. "Gostava que viessem dormir a casa do Pai". Não disseram nada. Até ontem, nem me tinham ligado. A caminho de casa, congestionamento total do tráfego. Comecei a pensar na vida e a ficar zangado. Aliás, já o estava, depois de ruminar neste assunto todo o dia. E aí vai, ao primeiro. "Então pá? Teste na Segunda e na Terça, que me ligavas, e não disseste nada?". "Estou na explicação de Matemátca". Pois é, bandido, em 7 disciplinas, duas positivas, jogo de Soldier of Fortune até às 4 da manhã, coisa que nunca te admiti enquanto estiveste na minha casa. No sábado à noite, dia do aniversário do avô, já com dinheiro no bolso, discoteca até ás 3 da manhã. A beber "shots" e outras porras, que deveriam ser proibidas a putos de 15 anos. E disse a tua mãe, em tribunal, que eu não sabia cativar-te pelo amôr. Como é tão fácil cativar pela permissividade, deixando os conflictos para o Pai. "Depois ligo-te", disse-me ele. Ligaste-me até ao fim de ontem? Para quê? Tenho dinheiro, faço a vida que quero, porque tenho de te prestar contas dela? Agora vamos à Filhota. Só à décima me atendeu. "Beijos, vamos comer uma torradinha? "Ó Pai, não me apetece ...". "Então, passamos o dia juntos amanhã ...". "Não posso, vou a uma festa de anos e, depois, vou dormir a casa da Diana". "Bom, então levo-te eu à natação e, depois, almoçamos juntos". " ... não quero". Já estava a perder-lhe a paciência. "Olha, porque é que não dizes, logo, que não me queres vêr?". Silêncio. "E o que fizeste hoje de manhã?". "Estive no trabalho da mãe a fazer o PIT de Português". PIT, igual a Plano Individual de Trabalho. "O Pai já te tinha dito que te queria ajudar a fazer esse plano, porque é uma coisa muito gira ..". Silêncio. "E o que estás a fazer agora?". "Estou a estudar história, porque vou ter teste amanhã ...". "Então, e o que vais fazer, amanhã, depois da festa de anos?". "Vou estudar matemática ...". "E o pai não te tinha dito que queria estudar matemática contigo?". Silêncio. "Mas depois vou a casa da Diana, para dormir lá". "Olha filha, isto de ser pai não é alguém que a gente sabe que existe e que só vê de vez em quando para comer uma torradinha. É alguém com que, também, temos de viver, e ir dormir lá a casa. Para estudares matemática, não podes estar comigo, mas já não te incomoda teres de estudar matemática para ires dormir a casa da Diana, quando podias estudar e dormir na minha casa. Aos fins de semana é sempre assim. O Pai nunca existe nos teus planos. Gostava que pensásses no que andas a fazer, porque eu não gosto e nem gostei. Já que não queres que te leve à natação, ao menos, vê se me cumprimentas como deve ser, quando lá estiveres. O Pai, não é só Pai para pagar, e um tipo com que te encontras, contrariada, de vez em quando. Também é Pai para educar e para viver! Um beijo, e fica sabendo que estou zangado". Desliguei. O outro Gajo, também vai ouvi-las. A mãe sofre de uma patologia bipolar grave. Esteve internada e fez a introdução ao lítium, que tem de tomar até ao fim da vida. Toma prozac e seus sucedâneos, para não falar de outras coisas para dormir. E tenho os meus filhos entregues pelo Tribunal a uma coitadinha, mãe extremosa, boa profissional que, de vez em quando, tem recaídas. Hoje estou desbocado. E revoltado

P.S.
De manhãzinha (7:15) já tinha ido nadar. À tarde, depois do trabalho e falar com eles, para "desopilar", lá foram mais 1500 metros de piscinas com a cabeça a escaldar. No fim, ideias mais claras. O que me apetecia, mesmo, era bater à porta da casa em que vivem com a mãe, "sacá-los" a cada um preso por uma orelha, e perguntar "Então, como é que é?". Estou magoado. Se fizessem anos, amanhã, telefonava-lhes, diria "Feliz Aniversário, mas hoje não posso estar com vocês porque tenho outros compromissos, vou a casa de amigos, tenho de trabalhar e, à noite, vou à discoteca".

Sexta, 11 de Março de 2005. Que nunca nos aconteça como aos espanhóis, há um ano atrás.

21 Comments:

Blogger Tão só, um Pai said...

Comentário de Teste. Confirma-se que, neste blogue, tudo continua como ... deve ser ...

12:01 PM  
Blogger Maria João said...

Ainda bem.
Porque fiquei mesmo triste com o seu posto. Mas gosto da sua escrita. Isto de ser pai (ou mãe) não é só biberons,birras e beijocas...
Vou passando, lendo e aprendendo.

Boa Sorte

12:41 AM  
Blogger Anna^ said...

Não sejas "tiroso" homem....claro q se fizessem anos hoje...amanhã...ontem...irias SEMPRE ter tempo para estar c eles...mas mais do que isso:irias SEMPRE ter Vontade de estar c eles!!! Dá-lhes tempo para tb eles "arrumarem" a casa...decidir por eles e saber que quer um quer outro(mãe/pai)os amam sem limtes!
Dá-lhes tempo!!!

Bjokas

2:27 PM  
Blogger Confessionário said...

Gostava de poder mudar a tua vida. Mas também acho que deves ter esperança. Continua a ser igual a ti próprio... que um dia irão perceber!

5:47 PM  
Blogger Ana Rodrigues said...

Porque é que não organiza umas actividades próprias para a malta dessa idade? Por exemplo, umas corridas de kart, que é uma coisa que os jovens gostam.

estou para aqui a falar. possivelmente quando chegar a minha altura também vou reclamar e pronto! :-)

10:17 PM  
Blogger Nuno said...

Será que esta coisa já funciona para mim também???

2:52 AM  
Blogger Nuno said...

JÁ!!!!!

E já tenho computador!!!
Ena!!!
Um abraço!

2:52 AM  
Blogger Tão só, um Pai said...

Anna,
É como dizes. Iria a correr e esquecia tudo. Como já esqueci. Mas, de vez em quando, convém lembrar-lhes que o pai existe, para viver e não para ver, e que um puxãozinho de orelhas, bem dado, na altura certa, também se impõe.

8:32 AM  
Blogger Tão só, um Pai said...

Padre,
Padre e Anna,

Estas minhas zangas também têm muito a ver com o raio da saudade e a falta que me fazem. Não concebo a vida sem eles. Pura e simplesmente, ele não faz sentido.

E há aqui um factor muito delicado, que é o manter um "contacto" em pessoa, físico, permanente. É grande a frieza e a estranheza, por parte deles, quando se encontram comigo depois de 4 ou 5 dias. Se esse contacto não for mantido, o pai, enquanto tal, deixa, para eles, de existir, e não passará de um "tio" longínquo. Isto observo, eu, olhando para casos similares. Eles têm que "arrumar a casa", também, e já o andam a fazer há um ano, tal como eu, mas, o contacto físico terá que ser mantido, a todo o custo. Caso contrário, perco-os. Só espero que a Mãe não decida ir viver para algures, a 50 Km ou mais de distância.

8:45 AM  
Blogger Tão só, um Pai said...

Ana Rodrigues,
Em havendo disponibiliade financeira, até ia com eles à Lua. Há dois anos, pensei em pedir um empréstimo, para ir com eles aos Açores, ver as Baleias. Fiz-lhes a proposta, que foi imediatamente recusada. Se a Britney Spears viesse cá, outra vez, cantar sem ser em play back, e em arranjando bilhetes, levava a filhota, se ela me deixasse. Agora, com ele, isto está mais complicado. Já lhe perguntei que se me deixava ir à discoteca com ele e os amigos. "NEM PENSAR". Claro, para além de não me deixares beber shots, não estava à vontade para beijar as miúdas ... Então e não queres ir comigo, só nós os dois, a uma discoteca de adultos, para veres como é?
"Ias fazer más figuras, etc. etc."
Bom, .... talvez, um dia destes, talvez, as baleias soeem com uma boa idea a algum deles, logo se vê como poderão ser conciliados os interesses. Para além desse problema, eles são Rapaz e Menina, 4 anos de diferença, e a escolha de um filme, numa ida ao cinema, é um conflicto permanente. Se, no fim, o filme agradou aos dois, temos um jantar agradável. Mas, se assim não o fôr, o vulgar será uma birra de um rapaz de 15 anos (é adulto em muitas coisas, mas ainda muito bébé nouras). A ideia do Kart não é má. Para ele. Para ela, é complicado. Outras tentativas. Neste verão, levei uma prancha de windsurf emprestada. Coisa que ainda estou a aprender. Fartei-me de cair e, ele, a gozar-me. Perguntei se queria experimentar. Experimentou e nunca mais me gozou. Em condições mais adequadas (em que ele não tenha vergonha, ou seja, não haja mais ninguém a ver), voltaremos a tentar. Por outro lado, exposições e outros eventos culturais, não querem ir a nenhum. Ah, mas adoram fazer compras. Para isso, têm sempre ideias. Coisas em que o Euromilhões viria sempre a calhar. O último modelo de computador (boa capacidade de processamento e gráfica, porque é para jogar na Net, não para trabalhar), ou é a mota, ou a bicicleta que custa tanto como a mota e é igual à do não sei quantos, que tem uma bicicleta melhor do que a dele, ou a vontade passageira de aprender ténis e, por isso, há que comprar todo o equipamento, do melhor, claro, ou uns novos patins em linha, porque a amiga também tem uns ("e a bicileta nova em que nunca mais andaste?"). Para não falar de que o pai devia comprar um Audi ou um BMW, porque o pai do não sei quantos também tem um e tu és um pobretanas (esta custou-me a ouvir, mas lá lhe disse "porreiro, filho, quando trabalhares, também me podes oferecer um"), porque quer comprar uns ténis de 100 Euros, porque, senão, não sou o mair lá da escola e ... Uf ... pápái é cárróssél ... e estes putos têm de perceber que a vida não é feita só de rosas.

9:48 AM  
Blogger Tão só, um Pai said...

Nuno, boas vindas.

9:52 AM  
Blogger Ana Rodrigues said...

Chiça!!

Como é que eu faço para eles não ficarem assim?
:-)

12:01 PM  
Blogger Rita Quintela said...

Bolas! ou o princípio das injustiças.
Força! É só o que me apraz dizer, de olhos semi-embaciados pela emoção que este post carrega.

1:51 PM  
Blogger Tão só, um Pai said...

Bom, depende dos ambientes exteriores de que se rodeiam, e dos valores que vigoram nesses ambientes. O choque e a frustação dos miúdos, pode ser grande, quando confrontam o que têm com aquilo que gostavam de ter. Quando o "calor" aperta, proponho-lhes que pensemos no Euromilhões, e no que cada um faria se o ganhasse. Dá para aliviar, um bocado, a pressão, e deixá-los a sonhar acordados.

2:01 PM  
Blogger Maria João said...

Estou aqui a ler o teu post e a pensar no peso das escolhas que fazemos, das coisas que lhes damos, de uma forma tão leve, sem nos apercebermos do peso que elas depois têm...
Ufa, "Pai", isto é tramado...

Fica bem!

3:48 PM  
Anonymous Anonymous said...

É Curiosa a ambiguidade que me provoca a leitura dos (teus) textos.. pois se por um lado aguçam a crescente vontade de ser mãe.. e de experimentar as 1001 emoções que esse dom traz... é também verdade que os últimos quinze anos (??!) ainda estão presentes ao ponto de, agora com a frieza e clareza necessária, ver o outro lado da questão...

Estou certa q se isso fosse também possivel para si (ti) não te magoavam tanto as "indiferenças" as "injustiças" e quaisquer outras manifestações "menos afectivas"...

Não creio serem resultado da educação (ou falta dela) ou do ambiente (pior ou melhor que seja)..
Serão fruto da idade e do processo de maturação.. da formação de carácter e de valores..

Dar tempo ao tempo e o espaço aos filhos, para que possam cair e levantarem-se e voltar a cair... ou seja.. para que possam crescer...

bjos, meus Valentina

6:23 PM  
Blogger Tão só, um Pai said...

Valentina, palavras sábias, as tuas.

De facto, os Filhotes crescem, fazem a sua aprendizagem da vida e do mundo. E eu, continuo a aprender a ser Pai.

Às vezes, sinto-me num beco sem saída. Não há nada a fazer, senão respirar fundo, ouvi-los, sempre, com muita calma e atenção, nem que digam ou relatem as maiores barbaridades que, por vezes e depois de bem pensadas, até nem o são tanto. Reconhecer desesperos, os deles, perante os seus próprios "becos sem saída". Perceber que, naquela e momentânea aspereza, já vai havendo uma asinha ferida.

Isto, de ser Pai, ao longo da vida, também tem o seu "quê" de doloroso, de receios, porque, humildemente reconheço,a verdade a Deus pertence. Não só porque o mundo mudou, mesmo muito, como também porque eles não são "eu". Por isso, são diferentes os caminhos que trilham, quando olho para os que trilhei.

Como Pai distante, situação recente, a aprendizagem é, ainda, mais dolorosa. Continuo à procura do meu espaço, no espaço deles, não no espaço que lhes devo dar. Quando entrar, quando sair. Neste papel, gostava muito de saber o que fazer, mas não sei, estou a aprender. Falta-me, cada vez mais, informação sobre a vida deles, evolução dos hábitos, gostos, novos amigos, que tipo de companhias, dificuldades, frustações, alegrias, medos. Ao menos, o que fazem eles quando estão em casa? Quais são as suas horas de acordar, de deitar, quanta televisão, quanta internet, o que reservam para o estudo, como tratam o cachorro, ajudam na máquina da loiça, tratam dos seus quartos, deixam a casa de banho em condições, ...? Porquê o insucesso no estudo, de onde lhe veio (a Ele) aquela revolta comportamental na escola, o que falhou na informação à Mãe, para que detectasse, a tempo, a situação? Como pode um Pai distante intervir, ajudar? Sim, intervi, à "posteriori", sem repreensões, com uma palvra de incentivo, procura conjunta de soluções. Só que, deveria ter percebido o que se passava, muito antes.
Ah, e a saudade constante. Que, por enquanto, só mato com companhia deles. Mas esta é, cada vez, menos. Enfim, existencialismos de Pai.

9:06 AM  
Anonymous Anonymous said...

Caro "Pai"

as minhas dissertações merecem a consideração que merecem .. pq sei que todas as certezas que hj me abraçam perderei no momento em que for Mãe..

Mas .. procuro recordar-me da minha adolescência.. dos namoricos.. das primeiras noitadas.. das férias ..da praia e do campismo.. e só assim compreendo hoje, a olhar para os meus primos com os seus 15 / 16 anos.. o porquê de só os ver praticamente em datas festivas.. do afastamento .. das ausências..

Acredito ser difícil para os Pais esta transição.. sentirem q o seu espaço e tempo é ameaçado .. pior preterido para combinações instantâneas com amigos.. num imaginarium do qual deixaram de fazer parte..

Inevitavelmente aos olhos de Pais tudo é racionalmente equacionado para níveis de importâncias e para a primazia que deve merecer a pirâmide da família. _ Por questões naturais .. hormonais diria, seria fácil perceber o porquê da inversão e da nova relativização das prioridades ...

Os mesmos filhotes que ainda o ano passado não dispensavam o beijinho matinal a fábula nocturna... que tudo faziam para umas festinhas na barriguinha... uma passeata no fds... e que sempre partilhavam os episódios da escola e dos amigos .. hoje revestem-se na sua privacidade, exigem espaço, lutam por pequenas independências e por deixarem de ter que fazer de bibelôs em programas de família.

Os segredos.. e os cochichos ... tb fazem parte deste processo das descobertas... do mundo e deles próprios! ... A Magia da adolescência..

Nada disto tem que ver com intimidade com o amor e com a cumplicidade que sempre existiu entre os Pais e os Filhos... tudo tem o seu tempo!!... e não terá sido certamente energia ou amor perdido!

Mas agora é importante libertá-los do ninho.. deixá-los soltarem e aventurarem-se nos seus próprios voos.. porque IRÃO VOLTAR!

(ups... mais um testamento)

Valentina

12:22 PM  
Blogger Tão só, um Pai said...

... Valentina, reconheço, nas tuas palavras, situações demasiado reais.

Este levantar vôo, no mínimo, causa alguma ansiedade. Pois é, lá terá que ser.

Pelo sim, pelo não, é bom, de vez em quando, ver se sabem aterrar. Quanto mais não seja para cuidar de não terem sido esquecidas as coordenadas, ou a existência das pistas.


Obrigado pelo testamento.

2:33 PM  
Blogger João Duarte said...

Os teus textos deixam-me assustado, às vezes. Sou pai também, mas o curriculum ainda é muito curto. Espero conseguir lidar com "esses" desafios quando chegarem.

Quanto a ti, dá-lhes tempo, mas não abdiques do que achas certo. É boa ideia colocares-te no lugar deles, com as prioridades deles, e pensares o que te atraía num pai. Agora vê se consegues encontrar um compromisso no meio e, se não consegues, explica-lhes porquê.

Eles precisam de saber o que sentes, as diferenças entre as tuas prioridades e das deles. Mas precisam ainda mais de se sentir à vontade para falar, desabafar, confidenciar. As (re)acções dos pais fecham muitas vezes as portas a esses caminhos.

Ter um relacionamento maduro com os filhos é mais importante do que ter filhos com o comportamento que idealizamos (até porque a última nunca vai acontecer, enquanto a primeira é possível).

Já agora, a minha opinião têm só o valor de ser a minha opinião.

http://casobicudo.blogspot.com/

5:05 PM  
Blogger Tão só, um Pai said...

Zoom, obrigado pela tua opinião. Traduz muito do que eu penso, e junta mais qualquer coisa em que ainda não reflectido. E apontas, com muita razão, o facto de, por vezes, criarmos, nós, expectativas para os filhos que, depois, nos frustam, porque nunca serão alcançadas. Eles são, à sua maneira, diferentes de nós. Depois de reconhecer isso (normalmente um erro que se comete com o primeiro), hoje, encaro milhares de coisas com muito maior naturalidade e sem me zangar, ficar ansioso ou triste.
Obrigado.
Gostei do "É boa ideia colocares-te no lugar deles, com as prioridades deles, e pensares o que te atraía num pai." Dentro do razoável. É como lhes digo. Sou bancário, não sou banqueiro.

E ... acho que o teu "currículum" já contém muitos bons princípios. Continua.

4:18 PM  

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