Sistemas
Reunião de Pais do 5º tal. Assunto? “Pai, é por causa da indisciplina da turma”. Alerta-te Pai, temos Código Vermelho, isto é sinal de perigo, de Guerra Nuclear.
“Mas tu, não te portas mal, pois não Filhinha?”. “Ó Pai, eu também já me portei mal …”. Ingenuidade de Pai.
Lá fui à procura da sala. Pois, “os meninos e as meninas”, após um período inicial, de “adaptação”, em que passam de uma única professora, para dez ou onze (acho que, em EVT e na Área de Projecto, há dois em cada uma, mais a informática …), encontram-se, de repente, numa escola repleta de espaço, em deslumbramentos de liberdade, aprendem a explorar as fraquezas dos professores mais novinhos. Junta-se-lhes o despertar da puberdade, baixa o aproveitamento, de forma generalizada. Pais que reproduzem as queixas dos filhos, como contadas em casa. “Não é uma turma indisciplinada, mas uma turma viva”, explica, pacientemente, a directora de turma. E ainda bem, concluímos todos. Numa das disciplinas, o professor, um dos mais atingidos pelo mau comportamento, incluíu ensinamentos, dentro do programa, mas fora do livro. Quem esteve atento e fez o trabalho pedido, ficou a conhecer a história da loba, do Rómulo e do Rémulo. Quem não esteve atento e se borrifou no assunto, não se safou. Os pais que, em casa, não fossem devidamente informados, ou pelos apontamentos das aulas, ou da existência de um trabalho a pesquisar, por parte dos respectivos filhotes, não os poderiam ajudar. Muitos não puderam. E queixaram-se desta injustiça pepretada aos seus “anjinhos”. Lá vieram outras queixas, dum professor que deitava, para o lixo, as canetas que caíam ao chão. Era assim que contavam em casa. Ocultando que a taxa da queda de canetas no chão, ultrapassava o limite do razoável. E os pais lá foram sendo chamados à atenção, para o facto de o o problema não residir na disciplina A, ou B, mas na descida das notas em todas as disciplinas. “Ó Pai, tive um Bom a História, e uma nega a Matemática”. “O quê ...?”. Achei que não ouvira bem. Teve Bom a tudo, excepto a Matemática. Na última, seguiu a tendência da turma. Que está muito forte a Inglês. Seja como fôr, “Vamos ter que estudar juntos essa Matemática, é preciso recuperar, meu Amor”. A directora lá explicava que, esta, era a única das novas turmas com o “problema”, que eram muito, muito faladores, durante as aulas. Por isso, vai-se tentar mais uma alteração na planta da sala, implementando-se, simultâneamente, a exclusão de alunos indisciplinados, os quais deverão executar, durante esse período, tarefas a determinar. No nosso tempo, íamos “para a rua”, com uma falta, mas íamos passear. Agora, para além da falta, o aluno é excluído da sala, indo executar uma tarefa atribuída pelo professor da disciplina. Ou seja, não fica com o “tempo livre”. Fiquei a saber que a Filhota se pôs de argumentos com um dos professores. Como a matéria não lhe interessava, deitou a cabeça na carteira e pôs-se a cantar, baixinho, qualquer coisa da Britney Spears. O professor acusou-a de estar a falar. Ela, espertalhaça, responde que não estava a "falar". Não se livrou do castigo, e queixou-se, lá em casa, da injustiça qualitativa. “Com franqueza, filha. Olha que grande, a diferença!”. No fim, acho que a Escola não está preparada para absorver esta carga de vivacidade, durante as aulas. Nem para vencer o cansaço dos miúdos, em fim de tarde. E, pergunto-me, porque, neste País, com tanto Doutorado em Ciência do Nada, mais as bolsas para a investigação do aproveitamento económico da formiga, não se trabalha e investiga a sério, neste assunto, o de aproveitar a irreverência e a criatividade dos nossos filhos, mitigando-lhes o cansaço das últimas aulas. Faria mais sentido que, à última hora, tivessem educação física, EVT e outras actividades menos exigentes do ponto de vista intelectual e psíquico. A repressão, eu já a conheci, não ensina nada. Enquanto o Mundo aí está, com tanta coisa boa para ensinar aos nossos filhos. Se é do sistema, mude-se o dito. Aonde se vota, para isso?
Quarta, 9 de Março de 2005 (Reunião de Pais, havida no dia 3 de Março, às 18:30)
“Mas tu, não te portas mal, pois não Filhinha?”. “Ó Pai, eu também já me portei mal …”. Ingenuidade de Pai.
Lá fui à procura da sala. Pois, “os meninos e as meninas”, após um período inicial, de “adaptação”, em que passam de uma única professora, para dez ou onze (acho que, em EVT e na Área de Projecto, há dois em cada uma, mais a informática …), encontram-se, de repente, numa escola repleta de espaço, em deslumbramentos de liberdade, aprendem a explorar as fraquezas dos professores mais novinhos. Junta-se-lhes o despertar da puberdade, baixa o aproveitamento, de forma generalizada. Pais que reproduzem as queixas dos filhos, como contadas em casa. “Não é uma turma indisciplinada, mas uma turma viva”, explica, pacientemente, a directora de turma. E ainda bem, concluímos todos. Numa das disciplinas, o professor, um dos mais atingidos pelo mau comportamento, incluíu ensinamentos, dentro do programa, mas fora do livro. Quem esteve atento e fez o trabalho pedido, ficou a conhecer a história da loba, do Rómulo e do Rémulo. Quem não esteve atento e se borrifou no assunto, não se safou. Os pais que, em casa, não fossem devidamente informados, ou pelos apontamentos das aulas, ou da existência de um trabalho a pesquisar, por parte dos respectivos filhotes, não os poderiam ajudar. Muitos não puderam. E queixaram-se desta injustiça pepretada aos seus “anjinhos”. Lá vieram outras queixas, dum professor que deitava, para o lixo, as canetas que caíam ao chão. Era assim que contavam em casa. Ocultando que a taxa da queda de canetas no chão, ultrapassava o limite do razoável. E os pais lá foram sendo chamados à atenção, para o facto de o o problema não residir na disciplina A, ou B, mas na descida das notas em todas as disciplinas. “Ó Pai, tive um Bom a História, e uma nega a Matemática”. “O quê ...?”. Achei que não ouvira bem. Teve Bom a tudo, excepto a Matemática. Na última, seguiu a tendência da turma. Que está muito forte a Inglês. Seja como fôr, “Vamos ter que estudar juntos essa Matemática, é preciso recuperar, meu Amor”. A directora lá explicava que, esta, era a única das novas turmas com o “problema”, que eram muito, muito faladores, durante as aulas. Por isso, vai-se tentar mais uma alteração na planta da sala, implementando-se, simultâneamente, a exclusão de alunos indisciplinados, os quais deverão executar, durante esse período, tarefas a determinar. No nosso tempo, íamos “para a rua”, com uma falta, mas íamos passear. Agora, para além da falta, o aluno é excluído da sala, indo executar uma tarefa atribuída pelo professor da disciplina. Ou seja, não fica com o “tempo livre”. Fiquei a saber que a Filhota se pôs de argumentos com um dos professores. Como a matéria não lhe interessava, deitou a cabeça na carteira e pôs-se a cantar, baixinho, qualquer coisa da Britney Spears. O professor acusou-a de estar a falar. Ela, espertalhaça, responde que não estava a "falar". Não se livrou do castigo, e queixou-se, lá em casa, da injustiça qualitativa. “Com franqueza, filha. Olha que grande, a diferença!”. No fim, acho que a Escola não está preparada para absorver esta carga de vivacidade, durante as aulas. Nem para vencer o cansaço dos miúdos, em fim de tarde. E, pergunto-me, porque, neste País, com tanto Doutorado em Ciência do Nada, mais as bolsas para a investigação do aproveitamento económico da formiga, não se trabalha e investiga a sério, neste assunto, o de aproveitar a irreverência e a criatividade dos nossos filhos, mitigando-lhes o cansaço das últimas aulas. Faria mais sentido que, à última hora, tivessem educação física, EVT e outras actividades menos exigentes do ponto de vista intelectual e psíquico. A repressão, eu já a conheci, não ensina nada. Enquanto o Mundo aí está, com tanta coisa boa para ensinar aos nossos filhos. Se é do sistema, mude-se o dito. Aonde se vota, para isso?
Quarta, 9 de Março de 2005 (Reunião de Pais, havida no dia 3 de Março, às 18:30)
5 Comments:
A criatividade na maioria das vezes é mal entendida pelos "profs" q vêem nisso um desafio contra eles(profs) e n a favor!E a elaboração de horários? o D. anda no 5º ano e ás 5ªs feiras sai ás 11.40 da manhã para reentrar ás 17.c duas horas de Ed.F...tem cabimento???
Falas tu em voto taosoumpai??? estamos no filme errado é o que é...antes das eleições a Educação é prioritária...com terminus logo após as ditas cujas!!! Haja consciência de que as nossas crianças merecem um bocadinho mais!
Anna, é tão bom ter-te, ainda, aí. E saber que o teu D também anda no 5º ano. E que também tens os problemas dos horários. A minha teria, supostamente, apenas aulas de tarde. Mas, em dois dias da semana, apanha com elas, também, de manhã. E não dos piores exemplos.
O D era suposto ter só manhãs e acabou por levar c 3 tardes tb...e c os horários tipo 4 horasde espera...ele ainda tem sorte:mora relativamente perto da escola...e eu estou por casa mas n deixa de ser um corre corre pq ainda há o J.N c horário da tarde noutra escola em direcção oposta.....só tenho q percorrer meio Porto para apanhar os 2...mas muitas vezes penso naquelas mães q n podem....popr onde andam os miúdos tantas horas? a escola tem biblioteca mas mesmo essa tem horários...para adultos!!
Anna, parto do pressuposto que foi, de todo, impossível, tê-los aos dois na mesma escola. Quanto aos horários das bibliotecas, e disponibilidades para o apoio ao estudo, já me vai dando vómitos. Com tanto professor sem trabalho perto de casa, e tanto pedagogo à procura de um primeiro emprego, não me venham com a falta do orçamento. ESTA BODEGA ESTÁ, MAS É, UM REGABOFE!. Acho que nós, os PAIS, já estamos a atingir o limite. Isto vai dar desgraça, vai, vai!
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