Novo
Ele, o mais velho, não caminhou. Sempre correu, sempre, mais à frente, do que eu. Até no dia em que nasceu. Conduz-me para sítios desconhecidos, arrasta-me para o impensável, por vezes de magia, outras, de muito perigoso. Fez-me rir e, bolas, chorar. De nada vale olhar-me na vida, tentando adivinhar-lhe a próxima jogada. Nada se pode esperar, dum filho mais velho, tão depressa é doce como, depois, amarga …! Para o acompanhar? Bom, isso, fica para outro dia, o melhor que consigo, é persegui-lo, ... mas, à distância ...! . Ora, um filho mais velho, não se deixa apanhar. Com ele, é tudo novo, sempre, em cada dia. Não há táctica que me valha, só me resta esperar o que a sua mente decida. Depois, lá vou eu, outra vez, tacteando pelo caminho que ele, umas vezes, vai abrindo, outras, rasgando, não para mim, para ele. E, em cada caminho, com um alfinete de paciência, explica-me o que é isto, de ser pai. Se um, e melhor, para ele, não sei, mas, pelo menos, para o o outro, o mais novo, neste caso, uma filha. É que, nisto, dos filhos, com o mais velho, é sempre tudo muito, muito novo …
Hoje, persisto. Sexta, 11 de Fevereiro de 2005.
Hoje, persisto. Sexta, 11 de Fevereiro de 2005.
3 Comments:
Ana, obrigado por cada visita, e pela partilha. Aqui entre nós, as mães têm um amor muito, muito especial, no lidar com eles, com as suas descobertas, em deixá-las fluir. Nós, os pais, por vezes, não sabemos o que fazer, optando, talvez erradamente, em não nos intrometermos numa ligação tão íntima, delicada, imbatível, e tão bem entregue, nas esperança de não os falharamos, aos filhos mais velhos e à mãe, na próxima curva da vida, lá para os 9 ou 10 anos, dependendo dos casos.
Sim, concordo, entrar, de mansinho, calmamente, mas entrar. E, como diz o meu amigo Nuno, estar.
Filho mais velho.. eheheh!
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