Polícias
Ele era … arrojado. Lembro-me de o levarmos a centros comerciais e ele, desandava. Ó M., olha que depois perdes o pai e a mãe … Isto, no Amoreiras. Queria ele lá saber, ia andando e nós, escondidos, a ver o que fazia. De vez em quando, olhava para trás. Se nos via, desatava a correr, de nós, claro. Nunca se perdeu, nunca o perdemos. A gajinha, nem avisou. Estávamos no Palmeiras, em Oeiras, clube de vídeo. De repente, nada. Plano de emergência, Mãe, vai tu por aí, que eu vou por aqui. Seguranças avisados, saídas fechadas, casas de banho revistadas. Era o tempo em que as crianças desapareciam, roubadas e, quando vistas, só de cabelo rapado, já em Espanha. Num desespero incontrolado, dei com ela, na loja de brinquedos, mesmo ao lado do clube de vídeo. Ó filha, olha que há pessoas más que levam os filhos meninos dos outros e, depois, nunca mais nos vias, nem ao Pai, nem á Mãe nem ao Mano. Ela, imperturbável, que sim, que sim. Olha, quando não nos vires, vais logo falar com estes senhores, assim, vestidos de polícia. Que sim, que sim, com a cabeça, claro. Já nas compras, no Carrefour do Oeiras Park, estávamos a ver bolachas e, de repente, nada. Seguranças alertados, avisos pelo altifalante (criança desaparecida, blá blá blá). A mãe lá a viu na ala dos brinquedos. Ó filha, tu já sabes … . “Ó mãe, mas eu não me perdi”. Pois. Finalmente, estávamos nos brinquedos e, pronto. Coração aos saltos, fui logo ter com os seguranças à entrada do supermercado. Qual não foi o meu espanto, lá estava ela, sentada, e o altifalante já anunciava, “Pede-se aos pais da menina C que a venham buscar à segurança”. Aproximei-me, devagar, disse, “Eu sou o pai daquela menina”. Quando me viu, atirou-se ao meu colo e, entre soluços, balbuciou, tremendo, “Porque é que vocês fugiram de mim ….” . Depois, explicou, saíu dos brinquedos para ir ver as bicicletas. Quando voltou aos brinquedos, já lá não estávamos, e foi à entrada, para falar com aqueles senhores vestidos de polícia, como lhe tínhamos indicado. À cautela e até ser mais crescidinha, passou a sentar-se em cima das compras que íamos pondo dentro de um dos carrinhos do supermercado.
4 Comments:
Felizmente q nunca passei por uma situação dessas...deve ser uma aflição indiscritivel...manter a calma será fundamental mas....será possivel numa altura como esta?
Bjokas
Anna^
Bom conselho. Será que todos os pais se lembram? E será sempre necessário que os filhos tenham lições desta para aprender?
Granda pai... Deve ter sido cá uma aflição!!!
Confesso que, nestas situações, deixei de pensar e agi por instinto. Acho que percebo, agora, o que os animais sentem quando perdem as suas crias e desatam a procurá-las, atentas a todos os cheiros e sons.
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