Tuesday, April 25, 2006

... de ser lembrado!

Gostava. Ai gostava, gostava. Mas não assim.

Quando me ligam, nunca o fazem para saber como estou, ou se quero ir tomar um café com eles. Enfim, não se lembram de mim, pelo prazer de estar comigo.
Pois não. "Pai, preciso de ir acoli, a mãe diz que não pode, e tu, podes levar-me?". Ou, "Pai, preciso de falar contigo". Lá me vem a esperança ... "Então, falemos ... houve algum problema?". "Não, não ... é que precisava de 15 euros. Podes trazer-mos?".

E é assim. Mas não ficamos por aqui. Como por exemplo, em "Olá Pai, como estás?", ai ..., é uma vózinha de menina. "Eu tou bem meu amor, e tu?". "Sabes, a D convidou-me para ir para a casa dela em S. Pedro ... mas não é do Estoril, acho que é ali para a Ericeira ...". Aqui, o meu silêncio começou a ficar ofegante, " ... mas como calha no teu fim-de-semana, gostava de saber se posso ir ...". Respiro fundo, muito, mesmo. Sai-me do coração: "Mas eu também não quero ficar sem a minha filhinha. Temos um problema, não é?", "Pois é ... temos um problema ...", reconheceu ela. Proponho-lhe um "Fazemos o seguinte, vamos pensar os dois, está bem?". "Pois ... temos de pensar ...".
Há "lembranças" que doem mais. Espero que chova e muito no próximo fim-de-semana. Já se vê quem não é capaz de dizer "não".

15 Comments:

Blogger Eva Lima said...

Crido TsUPy,
os meus vivem connosco e é igual!!!! A filhota grande vem passar o fim de semana e quase nem a vemos: ou está a dormir ou com os amigos/namorado, mas nunca se esquece de pedir a semanada e o carregamento do telele....

4:38 PM  
Blogger DIV de divertida said...

Confesso que tenho tanto medo dessas coisas que nem imaginas...
Pavor...
O que vale é que ainda me restam uns anos até lá. Mas como toda a gente diz: passa tão depressa...!

11:41 PM  
Anonymous Anonymous said...

Bom dia.
Bem, pelos vistos, não é nada de que não padeçam casais não separados também...no fundo, eles crescem sem que a gente queira, é o que é...
Beijo.

P.s. - a música já está audível aqui no meu estaminé! Vou checkar no DOTE tb!

8:57 AM  
Blogger Misty said...

...vim ouvir a música!

:º)

7:08 PM  
Blogger Tão só, um Pai said...

Sorriso ... o meu.
Bom dia.

7:52 AM  
Anonymous Anonymous said...

TSuP,

atrevo-me a comentar este post!
Digo, como filha que ainda sou, e "do alto dos meus vintes e..." que é assim quando somos novinhos...caso da filhota que ao que li tem quase 12 aninhos... Mas crescemos (felizmente) e acabamos por reconhecer que agimos mal por não telefonar-mos mais vezes e sem ser para "pedinchices". E passamos a telefonar para saber como está o paizão, para combinar cafés, lanches, passeios... enfim...o que for desde que se esteja com o pai. E doi-nos mais (falo por mim) quando começamos a trabalhar e a perceber que realmente se o pai/mãe não dava era de facto porque a vida não está fácil, o orçamento é limitado e realmente não podia!
Enfim...desculpe-me o desabafo...

2:54 PM  
Blogger Carla Santos Alves said...

Eles crescem né!!!!!

Amigo tens que ter calma!!!

Olha nem sei o que dizer ...o meu ainda só tem 8 anos...mas já nos vai trocando pela Playstation!!!

Bjs

Carla

1:06 PM  
Anonymous Anonymous said...

eu acho que estas fases (que devem parecer llllllloooooooooooonnnnnnnnnnngggggggggaaaaaaaaaaassssssssss), servem para, mais tarde, aproximar filhos e pais...
estou certa que os três vão ser os melhores amigos!!!
força e sempre positivo!

1:29 AM  
Anonymous Anonymous said...

ah, GRANDA PAI!!!

11:09 AM  
Anonymous Anonymous said...

...ainda assim, parabéns!
Um beijo.

5:18 PM  
Blogger X said...

Tenho passados os últimos tempos da minha vida a correr atrás do sonho de ser mãe. Imagino os meus filhos à minha imagem e a nossa relação um reflexo da relação que tenho com os meus pais (vemo-nos todos os dias, fazemos exercício físico juntos, almoçamos, lanchamos, ligamo-nos 20 vezes... e eu sou casada!).

Mas, às vezes, quando te leio, algo forte bate cá dentro. Como se, com esta infertilidade, Deus me estivesse a proteger de um grande desgosto: o dos meus filhos não virem a ser tão próximos de mim como eu sou dos meus pais. Não sei se saberia viver com isso.

Admiro-te imenso. Sempre te admirei, mesmo quando te visitava sob outro username... é que a infertilidade incomoda e sou incapaz de a assumir publicamente. Escondo-me atrás do meu userneme deste blog... Rodelinhas.

Espero que, com o tempo, os teus filhos te saibam dar o devido valor. Se não antes, pelo menos quando eles próprios tiverem filhos :)

Um beijinho. E força. Porque nunca achei que estivesses errado nos teus sentimentos e nas tuas dores.

6:47 PM  
Anonymous Anonymous said...

Olá...
Cheguei ao seu blog não sei como, esatava pesquisanso a um monmento atrás... mas enfim cheguei e com certeza a um lugar onde vou retornar.
Consegui sentir a sua dor através das palavras e isso me tocou, me emocionou bastante. Sou filha e sou mãe, sei o que é está dos dois lados, sei também das alegrias e das dores...
Acredito que só há uma forma das coisas mudarem e é jogar limpo, conversar e esclarecer... Vc tem suas necessidades de afeto e eles devem ter a deles, coloque as cartas na mesa, mostre a falta que eles fazem e depois só restará torcer para que tenham maturidade suficiente em entende-lo.
Beijos carinhosos...

7:07 PM  
Anonymous Anonymous said...

Sr. Pai:
Tenho sentido a sua falta.
De rir e de chorar com os seus posts.
Quando regressa?
Patrícia

11:22 AM  
Blogger Em contra-corrente said...

Deve ser duro estar longe dos filhos e sentir-se apenas um «apoio», uma coisa.
A falta de afecto ainda vai dar cabo disto.

4:21 PM  
Anonymous Anonymous said...

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9:36 AM  

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