Ped ... o quê?
11 anitos que quase, quase, já estão a entrar nos 12. Pô! Tá ficar latagona e eu, velho. Não que seja alta, mas tem força, bolas ...! Quando a abraça, levanta a avó do chão e sacode-a toda para trás, para a frente e para os lados. “Ó ..., cuidado, não partas a minha mãe, pá!”. A avó, cheia de parkinson, arteroses, osteoporose e outras maleitas, manda-me calar e pede mais. Tá certo.
Aos fins de semana, tem uns ataques desesperantes de letargia. Televisão, mais televisão e ... pois, de repente, tem acessos de energia, exige cócegas. Prevendo o sofrimento e dispêndio energético que me espera, esquivo-me. “Agora não posso, estou a fazer o almoço. Vai mas é tomar a banhoca, porque já é muito tarde”. Fico a saber que, sem cócegas, não há banho. Caramba, isto de ser pai há uns tempinhos, já me dá outra perspectiva da coisa. “Problema teu, com esse pivete a sovaco ...”. Sim, eu sei que toquei num ponto muuuito sensível. Mas, desta vez, a recusa mantém-se firme e hirta. Rio-me para dentro, nem insisto.
Depois da paparoca e do filmaço dêvêdiano, estando já eu no meu ripanso, truca, caiu-me em cima, com os joelhos no meu peito. “Ai, ai, ai! Tás-me a magoar! Tás-me a magoar! Cuidado!”. Pois, desde pequenina que o pai é o colchão preferido. Estão abertas as hostilidades. Agarro-lhe as pernas com todas as minhas forças e ... e sai uma de cócegas, desde a planta dos pés até à articulação dos joelhos. Entretanto, tenho que lhe amparar o tronco, porque já está a cair para o chão de tanto se sacudir. Chiça! Tá pesada. Pede tréguas. O caraças é que vais ter tréguas. Berraria de meia noite. Como ela já está a dar um pouco para o arroxeado, paro para uma pausa e tento retomar o fôlego. Mastigo em seco, para me recompor da cotovelada nos queixais (ena, até vi estrelas). De repente e sem aviso, levanto-lhe o braço, aplicando a tortura nas axilas. No meio do berreiro sai um ... “PEDÓÓÓÓFIIIILOOOOO”. Eh. Ped ... o quê? Esta é nova. Há que esclarecer, e já, o assunto. “Quem, eu?”. “Sim, TU!”. “Porquê?”. “Porque estás a torturar uma criança. PEDÓÓÓÓFIIIILOOOOO!”. “Ó pá, olha que, daqui a bocado, os vizinhos chamam a polícia. E tu já não és criança, já és mais uma adolescente”. “Não interessa, és um pedófilo de adolescentes!”. Pois, está bem. Que se lixe a polícia. Toma lá mais umas cócegas.
Ah, eram para aí umas 16:30 quando “Pai, já fiz a digestão?”. Fiz umas contas de cabeça, “ ... onde é que essa digestão já vai ...”. E foi tomar banho, para irmos aos avós. Grrrrrr ... quero o meu almocinho de volta, porque este já se foi ...!
Aos fins de semana, tem uns ataques desesperantes de letargia. Televisão, mais televisão e ... pois, de repente, tem acessos de energia, exige cócegas. Prevendo o sofrimento e dispêndio energético que me espera, esquivo-me. “Agora não posso, estou a fazer o almoço. Vai mas é tomar a banhoca, porque já é muito tarde”. Fico a saber que, sem cócegas, não há banho. Caramba, isto de ser pai há uns tempinhos, já me dá outra perspectiva da coisa. “Problema teu, com esse pivete a sovaco ...”. Sim, eu sei que toquei num ponto muuuito sensível. Mas, desta vez, a recusa mantém-se firme e hirta. Rio-me para dentro, nem insisto.
Depois da paparoca e do filmaço dêvêdiano, estando já eu no meu ripanso, truca, caiu-me em cima, com os joelhos no meu peito. “Ai, ai, ai! Tás-me a magoar! Tás-me a magoar! Cuidado!”. Pois, desde pequenina que o pai é o colchão preferido. Estão abertas as hostilidades. Agarro-lhe as pernas com todas as minhas forças e ... e sai uma de cócegas, desde a planta dos pés até à articulação dos joelhos. Entretanto, tenho que lhe amparar o tronco, porque já está a cair para o chão de tanto se sacudir. Chiça! Tá pesada. Pede tréguas. O caraças é que vais ter tréguas. Berraria de meia noite. Como ela já está a dar um pouco para o arroxeado, paro para uma pausa e tento retomar o fôlego. Mastigo em seco, para me recompor da cotovelada nos queixais (ena, até vi estrelas). De repente e sem aviso, levanto-lhe o braço, aplicando a tortura nas axilas. No meio do berreiro sai um ... “PEDÓÓÓÓFIIIILOOOOO”. Eh. Ped ... o quê? Esta é nova. Há que esclarecer, e já, o assunto. “Quem, eu?”. “Sim, TU!”. “Porquê?”. “Porque estás a torturar uma criança. PEDÓÓÓÓFIIIILOOOOO!”. “Ó pá, olha que, daqui a bocado, os vizinhos chamam a polícia. E tu já não és criança, já és mais uma adolescente”. “Não interessa, és um pedófilo de adolescentes!”. Pois, está bem. Que se lixe a polícia. Toma lá mais umas cócegas.
Ah, eram para aí umas 16:30 quando “Pai, já fiz a digestão?”. Fiz umas contas de cabeça, “ ... onde é que essa digestão já vai ...”. E foi tomar banho, para irmos aos avós. Grrrrrr ... quero o meu almocinho de volta, porque este já se foi ...!
7 Comments:
hahahhah! A escrever e animado!
As crianças são terríveis!
Essa tua filha está a precisar de JUDO!
:*
... e de subir, a pé, a Serra da Estrela ....
O Regresso do Desaparecido em Combate???
Ou é só impressão minha?
Ora então seja bem aparecido e que o bom humor continue por cá...
Viva o meu pai preferido da blogosfera! Voltou! E cheio de genica (como a filha)!
Olá!
Olha, suplementos vitamínicos, umas psicinazitas e ficas em forma para a miúda; para ela, umas corridinhas atrás do carro à volta do quarteirão! ;))
Tão não há "posta" do dia do Pai???
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