Obrigado, por existires.
“Olá, Amor grande”.
Um abraço longo. “Parabéns, filho. Obrigado por existires”.
Fez questão em dizê-lo, “Obrigado, Pai. Parabéns para ti, também, por me aturares estes dezasseis anos”.
Recordo-me, com esta idade, cheio de ideais, sonhos e juízos apriorísticos que o meu pai, pacientemente, foi rebatendo e confrontando.
Não me lembro do que fizémos nos ano passado. Tinham passado três meses desde a “fuga das galinhas” (quando saíram de casa, sem aviso). Sei que, no fim de semana seguinte, organizámos um bolo de anos, com a minha família.
Este ano, eu estava doente, depois de ter passado um dia cheio de dores de estômago. Maldita úlcera. Ele, pouco melhor do que eu, após um jantar com o grupo de amigos, que se estendeu para além da meia-noite, por forma a celebrarem o seu aniversário no dia certo.
Saí da cama, tinha que ser, era a minha oportunidade, uma vez que a Mãe também organizara um jantar de aniversário na casa dos avós maternos. A respeitar. De resto, a regulação do poder paternal estipula que assim seja. "Sem prejuízo de outra coisa que venha a ser combinado entre os pais", claro.
O problema foi contactá-lo, porque dormira em casa de um amigo. Ah, mas conseguimos ir à fala e, dali a meia hora, encontrámo-nos.
Muita a conversa por pôr em dia. Muita calma e maturidade, por parte dele.
Pai, este gajo está a ficar homem, pá! Falámos num primeiro planeamento das férias que, este ano, terão lugar na “zona de residência”, com algumas incursões de média distância. Dos namoricos, que mudam de mês a mês, das expectativas de admissão ao trabalho de verão e … da minha vida. Ora bolas. “Namoradas?”, respirei fundo, “… sabes, não são bem namoradas, são amigas, de quem gosto muito, com quem costumo e gosto de sair, de me encontrar. Nesses momentos, não sinto a solidão. São pessoas muito importantes na minha vida. É claro que também tenho amigos”. “Isso é muito bom, Pai”. O que fará ele, quando me vir com uma "amiga"?. Adiante.
Finalmente, acordámos num bolo com a minha família, para este sábado. "Fala à tua irmã e combina com a mãe o passeio do cão, para que durmam lá em casa". Anuiu.
Findo o almoço, visita aos avós paternos. Lá lhes explicou que passara de ano lectivo, o que muito os alegrou. Prendinhas para o netinho, espanto por já estar da altura do Pai, “e nunca mais paras de crescer, rapaz”.
Já a levá-lo a casa, pigarreei, aconselhei-o a ter sempre na carteira um “anti-conceptivo”. Aqui para nós, estes moços e moças, ás vezes, perdem o estribo, principalmente naqueles dias em que se armam em adultos e provam um copinho a mais. É claro que não quer. Ora, nenhuma novidade, a desta recusa. Mas sei que ouviu e vai pensar no assunto. Quem sai aos seus ...
Despedidas? Outro abraço de gente. "Amo-te muito, fica bem". Foi assim. Um dia, talvez me despeça com um "até já", ou "até logo". Já lhe pergungei, "Quando é que arranjas uma namorada que more ao pé de mim?". Riu-se, "Yá! Dava-me jeito ir lá a casa". Pois bem.
Um abraço longo. “Parabéns, filho. Obrigado por existires”.
Fez questão em dizê-lo, “Obrigado, Pai. Parabéns para ti, também, por me aturares estes dezasseis anos”.
Recordo-me, com esta idade, cheio de ideais, sonhos e juízos apriorísticos que o meu pai, pacientemente, foi rebatendo e confrontando.
Não me lembro do que fizémos nos ano passado. Tinham passado três meses desde a “fuga das galinhas” (quando saíram de casa, sem aviso). Sei que, no fim de semana seguinte, organizámos um bolo de anos, com a minha família.
Este ano, eu estava doente, depois de ter passado um dia cheio de dores de estômago. Maldita úlcera. Ele, pouco melhor do que eu, após um jantar com o grupo de amigos, que se estendeu para além da meia-noite, por forma a celebrarem o seu aniversário no dia certo.
Saí da cama, tinha que ser, era a minha oportunidade, uma vez que a Mãe também organizara um jantar de aniversário na casa dos avós maternos. A respeitar. De resto, a regulação do poder paternal estipula que assim seja. "Sem prejuízo de outra coisa que venha a ser combinado entre os pais", claro.
O problema foi contactá-lo, porque dormira em casa de um amigo. Ah, mas conseguimos ir à fala e, dali a meia hora, encontrámo-nos.
Muita a conversa por pôr em dia. Muita calma e maturidade, por parte dele.
Pai, este gajo está a ficar homem, pá! Falámos num primeiro planeamento das férias que, este ano, terão lugar na “zona de residência”, com algumas incursões de média distância. Dos namoricos, que mudam de mês a mês, das expectativas de admissão ao trabalho de verão e … da minha vida. Ora bolas. “Namoradas?”, respirei fundo, “… sabes, não são bem namoradas, são amigas, de quem gosto muito, com quem costumo e gosto de sair, de me encontrar. Nesses momentos, não sinto a solidão. São pessoas muito importantes na minha vida. É claro que também tenho amigos”. “Isso é muito bom, Pai”. O que fará ele, quando me vir com uma "amiga"?. Adiante.
Finalmente, acordámos num bolo com a minha família, para este sábado. "Fala à tua irmã e combina com a mãe o passeio do cão, para que durmam lá em casa". Anuiu.
Findo o almoço, visita aos avós paternos. Lá lhes explicou que passara de ano lectivo, o que muito os alegrou. Prendinhas para o netinho, espanto por já estar da altura do Pai, “e nunca mais paras de crescer, rapaz”.
Já a levá-lo a casa, pigarreei, aconselhei-o a ter sempre na carteira um “anti-conceptivo”. Aqui para nós, estes moços e moças, ás vezes, perdem o estribo, principalmente naqueles dias em que se armam em adultos e provam um copinho a mais. É claro que não quer. Ora, nenhuma novidade, a desta recusa. Mas sei que ouviu e vai pensar no assunto. Quem sai aos seus ...
Despedidas? Outro abraço de gente. "Amo-te muito, fica bem". Foi assim. Um dia, talvez me despeça com um "até já", ou "até logo". Já lhe pergungei, "Quando é que arranjas uma namorada que more ao pé de mim?". Riu-se, "Yá! Dava-me jeito ir lá a casa". Pois bem.
12 Comments:
Fiquei a sorrir com este teu texto. Pelo que contas, com o que contas. Parabéns a ambos!
Quando é que arranjas uma namorada que more ao pé de mim?". Riu-se, "Yá! Dava-me jeito ir lá a casa".
Essencialmente se tu estivesses no Japão nessa altura...
Parabéns!
Melhoras para a úlcera.
Eva, Eva, ora. No Japão? Ele tem o quartinho dele, o pai fora de casa por dez horas, e que ainda por cima é do mais flexível que existe. Nos meus tempos, isto seria um ... um "antro de libertinagem".
Muitos parabéns. :o)
Beijinhos mimados.
Parabéns! A ambos!
O teu filho parece estar mais tranquilo, mais seguro de si, e tu dele, verdade?
Olha, um beijinho aos dois e as melhoras da "úrsula"!
Beijinhos grandes de parabéns ao pai e ao filho!
Parabéns a ambos. Pelo aniversário, pelo bom relacionamento e pelas "boas conversas".
Cada coisa tem o seu tempo e creio que, tal como já foi comentado, quando menos esperares e duma forma 'natural e espontânea' essa "amiga" especial aparece e vais ver que será uma boa companhia para ti e para os teus filhos que estão a crescer e que terão a sua vida... Se não aparecer ninguém "especial", paciência! Tu é que sabes da tua vida e como te sentes mais feliz...
Votos de melhoras!
Bjs e até breve :-)
É bom poder ler-te assim,sentir-vos felizes e "entrosados" como dois grandes amigos! :)
Parabéns ao filho por mais um aninho e parabéns ao pai pela maneira como tem aguentado o "barco" :)
bjokas ":o)
ps-ah e as melhoras prá "ursa"
Mesmo quando lhe disseres "Até já" , não deixes de lhe dar o abraço de Coração aberto e de dizer "Amo-te muito". Eu estou a reaprender a voltar a esse ritual com a minha Mãe. Não me lembro se algum dia o tivemos, mas sei que agora, com 31 anos, me sabe maravilhosamente bem. Um beijinho imenso.
Uma conversa de pai para filho... de dois amigos... dois solteirões, hehe gostei de ler
Um abraço!
Fogo muita sorte tens tu.
Eu e meus filhos, como a minha ex mulher não dá acordo, é raro ve-los.
O poder Paternal diz que posso ir buscar de 15 em 15 dias, mas chego a casa dela e nada, e depois é tribunais e nada .
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