Sunday, March 09, 2008

Bizarrias de "tim"

1. Olá
2. Olá
1. Quem és tu?
2. Não sou nada, sou a voz. E tu?
1. Outro nada, outra voz. Porquê?
2. Porque estás aqui.
1. Tu também.
2. Mas eu sei, porque sei, porque estou aqui.
1. Porquê?
2. Porque tu estás aqui.
1. Não entendo.
2. Foste tu que me procuraste.
>
>
>
>
2. ...se calhar, sou a tua solidão.
1. Prazer em conhecer-te. Não sabia que tinha uma. Tem dó.
2. Não sejas cínico.
1. Gozas, só pode. Como sabes que sou "um"?
2. Porque te conheço.
1. Fazes-me me rir.
2. E tu, também.
1. Não interessa. De que vamos falar?
2. De ti?
1. Não!
> Não, hoje não, hoje quero ouvir. Fala-me tu, de ti.
2.>
> vais achar que não faço sentido.
1. Fala.
2. Não gosto de mim.
1. És feia?
2. Às vezes, sim. Sinto-me só. Apetece-me fazer os outros infelizes.
1. Hoje, nem te atrevas a fazer-me isso.
> Estou a brincar.
> Vá, continua.
>
2. Também já te fiz infeliz.
1. E tu a dar-lhe.
> Seja, suponhamos que sim, que me conheces, que já me fizeste infeliz.
>
2. Essa hipótese não te perturba?
>
1. Veremos.
>
2. Pois.
1. Continua.
2. Também há pessoas que se sentem felizes comigo.
> Mas é sempre por pouco tempo.
>
>
>
>
1. E ...?
2. Também te fiz e faço, muitas vezes, feliz.
1. Duvido. Eu conheço muito bem quem, e o que me fez, e faz, feliz ou infeliz.
2. Vês? Também estás a repelir-me.
1. Se assim fosse, não estávamos aqui a falar.
2. Não é isso. Tu repeles-me porque não acreditas.
1. Acreditar? Ah, as minhas crenças ... És danada. Vá, vá! Isso, agora, não
> interessa. Afinal, estou a ouvir-te ... ou a ler-te... ou seja lá o que for ... ou
> não for ...
2. Ultimamente, tenho sentido a tua falta.
1. Ora essa ...
2. Já foste o meu amigo inseparável.
> Pela minha mão, exploraste a natureza selvagem, onde mais ninguém te
> acompanharia. Passeavas e percebeste o mundo comigo. Caçaste pássaros
> e pescaste comigo. Quando lias, assustavas-me. Enchias a mente de vozes
> e imagens. Cheguei a pensar que, prematuramente, me abandonavas. Nas
> vezes em que quase
>
2. quase te foste, eu fui tu e, tu, eu.
1. Espera ai, calma lá. E que tal se a malta mantivesse a conversa num nível
> menos exotérico?
2. Foste tu quem queria, quis e quer ouvir, em vez de falar.
1. Bolas, mas isso, era porque não queria falar de mim. Agora, tu, metes-me
> nessa história, a torto e a direito. É aborrecido, pá, é chato. Não sabes
> falar só de ti?
2 .Não, eu estou a falar de mim.
1. Hum ...
2. Reagiste mal ...
1. ... não ligues, é por causa dessas bizarrias de que falas ... desse constante
> "tim"... tu e mim, topas? tou cansado ...
2. ...ainda não tens sono?
1. ... ham ... porquê?
2. ... sou eu que te acompanho e te dou o teu silêncio, aquele de que
> precisas para te desligares do mundo, quando procuras adormecer...
>
1. ... és má ... muito má ...
2. ... também sou eu quem te faz escrever, e te dá os momentos para o
> fazeres.
1. ... então, ainda és muito mais má!
2. posso dormir ao teu lado?
1. >
1. pá, já nem digo nada
>
1. dorme onde quiseres
>
>
1. ao menos, tens uma cara bonita?
2. para sonhares? tenho todas as caras bonitas de que te possas lembrar
1. ham ...
> ham
> pois, lembrar ... de coisa nenhuma
>
> nao quero
>
> deves chamar- te
> -te escholtzia
2 >
2.?
>
2. dormes?
>
1. >
1. quase, não me fales
>
1. e não me toques
>
> senão, desperto
2. prometo
> dorme
> sim?
1. adeus, beijo
>
2. beijo
> boa noite
1.>
>
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